Vaidade
"Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"
Escarra nessa boca que te beija!"
Augusto dos Anjos
E pensar que vi venenoso beijo,
E tantas vezes vi, que agora em cada,
Inflama a lembrança o cruel desejo
De chutar a vil mão apedrejada.
E de lembrar dizer: "Oh, bem amada"!
Agora a lodosa alma, em fúria, vejo!
No lugar do coração não há nada,
Que não um coração de percevejo!
Vede! É a negra sereia do pântano!
Seu canto falso destila a peçonha
Tão logo as tolas pessoas constatam-no!
Deitada numa ensangüentada fronha
Suas línguas em flecha espalham tétano
De um inferno ao qual irá e nem sonha!
Seu canto falso destila a peçonha
Tão logo as tolas pessoas constatam-no!
Deitada numa ensangüentada fronha
Suas línguas em flecha espalham tétano
De um inferno ao qual irá e nem sonha!
Nossa... nào tenho nem palavras.
ResponderExcluirA mão que afaga é a mesma que apedreja!
ResponderExcluirUhul! Finalmente tou aprendendo Augusto dos Anjos.
Só lembro de você nas minhas aulas de Literatura! =)
PS.: Atualiza, Dani-ani.